segunda-feira, 10 de maio de 2010

População do Brasil.


Até o início de 2010, a população do Brasil totalizava 192.304.735 habitantes, esse elevado contingente populacional coloca o país entre os mais populosos do mundo. O Brasil ocupa hoje o quinto lugar dentre os mais populosos, superado somente pela China (1,3 bilhões), Índia (1,1 bilhões), Estados Unidos (314 milhões) e Indonésia (229 milhões).

A população brasileira está irregularmente distribuída no território, pois há regiões densamente povoadas e outras quase desertas. A população brasileira se estabelece de forma concentrada na região Sudeste, com cerca de 80.915.332 habitantes; o Nordeste abriga aproximadamente 53.591.197 habitantes, o Sul acolhe cerca de 28 milhões, além das regiões menos povoadas, região Norte com 15.359.608 e Centro-Oeste com 13,8 milhões de habitantes.

A irregularidade na distribuição da população fica evidente quando se analisa alguns dados populacionais de regiões ou Estados. Somente o Estado de São Paulo concentra cerca de 40 milhões de habitantes que correspondem às populações da região sul, norte e centro-oeste juntas.

A população brasileira está distribuída em um extenso território, com 8,5 milhões de quilômetros quadrados, em virtude disso a população relativa é modesta, com cerca de 22,5 hab/Km2, o dado apresentado classifica o país como pouco povoado, apesar de ser populoso diante do número da população absoluta.

O sudeste é a região mais populosa do país por ter ingressado primeiramente no processo de industrialização, e hoje encontra-se desenvolvida economicamente e industrialmente. O surgimento da indústria no sudeste foi primordial para a urbanização e a concentração populacional na região, pois tornou-se uma área de atração para trabalhadores de diversos pontos do país.

Em relação à densidade demográfica, a região sul ocupa o segundo lugar, as causas dessa concentração se devem principalmente pelo fato da região ser composta por apenas três estados e pela riqueza contida nos mesmos que proporciona um elevado índice de urbanização.

O nordeste é a segunda região mais populosa, no entanto, a densidade demográfica é baixa, proveniente da migração ocorrida para outros pontos do Brasil, ocasionada pelas crises socioeconômicas comuns nessa parte do país.

O centro-oeste ocupa o quarto lugar quando se trata de população relativa, isso é provocado pelo tipo de atividade econômica que está vinculada à agropecuária e que requer pouca mão-de-obra.
Os imigrantes entram no Brasil:

A imigração para o Brasil iniciou-se em 1530, o país se encontrava na fase pré-colonial. Os portugueses que vinham para cá estavam interessados apenas na extração de recursos naturais em nosso território para comercializa-los na Europa.Houve a fixação de portugueses e escravos negros no país, sobretudo no litoral dos atuais estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Pernambuco.

Com a abertura dos portos, em 1808, foi permitida a entrada de imigrantes livres europeus de outras nacionalidades, pois até então apenas os portugueses podiam se fixar no Brasil.

Com a proibição do trafico negreiro, maior desenvolvimento das atividades cafeeiras e urbano-industriais e facilidade de acesso a posse de terra na região Sul. O Brasil se tornou um território para os imigrantes europeus. Vale destacar que os Estados Unidos e a Argentina receberam mais imigrantes que o Brasil, por oferecerem maiores possibilidades de ascensão social aos colonos.

De 1850 a 1930, observou-se uma enorme entrada de imigrantes no país para suprir as necessidades de mão-de-obra nas lavouras cafeeiras, nos centros urbanos-industriais e no processo de povoamento da região Sul.

Com a grise mundial de 1929, as regiões do país de economia agrário-exportadora entraram em colapso. A principal crise foi a do café. A região de Ilhéus passou pela crise do cacau e o restante da Zona da Mata nordestina sofreu com a brusca queda na exportação de açúcar. A região Sul, que passou por uma colonização de povoamento, tinha sua economia voltada para o mercado interno e sofreu menos com essa crise.

Em 1934, observando esse excedente interno de mão-de-obra, o governo Getúlio Vargas criou a lei de Cotas de imigração e passou a controlar a entrada de estrangeiros no país, para evitar que o índice de desemprego aumentasse a instabilidade dos últimos 50 anos, segundo a nacionalidade. Essa lei não foi aplicada aos portugueses, cuja entrada permaneceu livre.

A lei de Cotas apenas restringia a entrada de imigrantes. A restrição, não era somente numérica, mas também ideológica. Se o imigrante demonstrasse tendência anarco-sindicalista, por exemplo, era impedido de entrar no país. Além disso, 80% dos imigrantes aceitos eram obrigados a trabalhar na zona rural.

Durante o mandato democrático de Getúlio Vargas e no governo de Juscelino Kubitschek, ocorreu maciça entrada de investimentos produtivos estatais e estrangeiros, que ampliaram o volume de empregos nos setores secundários e terciários.

De 1980 a 1994, aproximadamente, a imigração superou numericamente a imigração em função da instabilidade política, do desemprego e dos baixos salários; de 1994 a fevereiro de 1999, estima-se que houve equilíbrio entre a entrada e a saída de pessoas.

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